quinta-feira, 6 de setembro de 2007

"Bom dia, Senhor F..."

Descobri-me refém de mais uma peculiaridade, e me estou auto-terapizando(?). Uma daquelas dificuldadezinhas nas relações interpessoais que todos temos e escondemos de outrem e de nós mesmos. Mais eis que eu revelo a minha. Não tenho medo! Arcarei com as conseqüências. Meu problema é um tanto peculiar, diria, e sempre tive vergonha de revelá-lo, embora saiba que muitos já o perceberam. Agora, então, nota-lo-ão todos. Eu... bem... não consigo pronunciar nomes. É, assim mesmo, bem esdrúxulo.

Já costumava me enquadrar no grupo das pessoas levemente esquisitas pelos mais variados motivos, mas sempre me descobria não tão singular. Por mais que pensemos o contrário, há sempre alguém que compartilha conosco a angústia de uma peculiaridade. Como falar com um portador de óculos escuros. NÃO CON-SI-GO! Minha mente altamente desconfiada imagina os mais variados lugares para os quais meu interlocutor estará olhando. Imagino que ele não me olha. Sei que ele não me olha!(!!!) Enfim, fiquei neurótica. Mas, ao menos aí, descobri não ser única.

Bem, voltando aos nomes, minha boca só os articula quando de certo grau de intimidade. Não que não saia um “ei, Fulano!”. Até aí consigo, mas só porque um “ei, psiu!” é por demais estranho. Já quando o diálogo parte para o “Oi, F...”, “Bom dia, C...”, “Obrigada, Senhor B...”, a coisa fica feia, e o bichinho da esquisitice me cutuca. Vejo a facilidade com que todos o fazem, e sinto-me ainda mais freqüentadora da seção dos excêntricos.

Quem dirá os apelidos! Ai céus! Apelidos pertencem ao grupo das mais extremas intimidades interpessoais. Eu não sei chamar por apelidos, assim como o fazem aquelas pessoas altamente carinhosas e queridinhas que nem passam pela fase do nome, vão direto ao apelido. Fico indignada com pseudoconhecidos que proferem meu apelido assim, logo de cara. Quem pensam que são? Critico-as. Invejo-as.

Eu gostaria, francamente, de falar nomes. Mesmo porque, nomes são muito bonitos e merecem ser pronunciados. Eu gosto deles por demais, não pense que não. Vou pedir, rezar pro papai do céu que me conceda tal privilégio. E se ele não me ouvir? Se não souber que lhe falo? Afinal, não sei pronunciar nomes...

7 comentários:

Thales Barreto disse...

Hum... Interessante, eu também não consigo conversar com pessoas de óculos escuros, Acho estranho, gosto dos olhos e de suas cores, preciso vê-los. Já Nomes... Eu nomes... hum... Tenho minhas limitações também, apelidos é complicado, tenho me soltado mais em relação a isso, mas acho sempre complicado. "...É estranho como é estranho sussurrar o nome.."

Beijos Lulu... ahahahahahah... :P

Felipe Martini disse...

tu é estranha mas o texto é legal. =P

Unknown disse...

Nunca havia ouvido falar de problema tão sério!

Já procurou seu terapeuta hoje? hehe

Beijos!

Ananda Etges disse...

somos bem diferentes no aspecto em questão no texto!
tema interessante!
bjoo!

Carolina Tavaniello P. de Morais disse...

Que tema interessante. Nunca pensei nessa dificuldade (não se sinta excluida, por favor).

Beijos

Samir Oliveira disse...

Nada demais.. eu não tenho esse problema, mas tenho um medo obsessivo de perder coisas. Estou sempre checando os bolsos e a mochila em busca de algo que posso ter perdido!

sessão desabafo..eheheh

Unknown disse...

Depois o doido sou eu... hehehhe
Mas aí, falar com alguém de óculos escuros é muito esquisito mesmo. Meu medo não é nem que as pessoas não estejam me olhando (até porque se eu pudesse, não me olharia também heheheh) mas sim que elas percebam que eu não estou olhando nos olhos delas, até porque não estou mesmo! Mas elaborei uma técnica. Na verdade utilizo uma técnica elaborada por alguém (provavelmente um sábio oriental que viveu a miulhões de anos...) que consiste em imaginar um pequeno triangulo entre os olhos (ou sobrancelhas) da pessoa com óculos e olhar pra ele u tempo todo enquanto fala. Acredite, não fico parecendo vesgo heheheh
Bjos pseudo-ruiva!