Para começar, estuda-se mais para ser jornalista do que “a arte de segurar o microfone”. Elabora-se a notícia, pesquisa-se, entrevista-se, produz-se, edita-se... enfim, trabalha-SE! Embora não pareça que a Patrícia Poeta faça tudo isso, sim, ela faz. A gente também estuda na faculdade, e lê (muito!), e trabalha, e pesquisa, e entrevista... ufa!, e também respira, quando sobra tempo. Além disso, estudante de jornalismo é ensinado a pensar, mais do que mexer em FinalCut, Photoshop e PageMaker. E disso há provas. Nossa opinião é sempre a mais aguardada num colóquio cabeça durante um churrasco, mesmo que estejamos no primeiro mês de faculdade. Porque somos sempre "o jornalista da família".
Lição número dois: não alimentamos (não todos) a pretensão de ganhar milhões fazendo megarreportagens para o Fantástico. Nem viajar o mundo aos sessenta fazendo matérias sobre as ostras famintas da Patagônia. Eu, pelo menos, quero ter uma família normal e netinhos aos sessenta e, mesmo assim, ainda ser jornalista. Porque todos os jornalistas não cabem na redação global ou no "grupo RBS", que, embora tenha cinqüenta anos, não tem coração de mãe. Os jornalistas estão nas revistas, na web, nas assessorias de imprensa. Mas os competentes, é claro. Porque você vai encontrar algum por aí vendendo bala e vai dizer "não tem mercado". Mas eu conheço advogado "vendendo bala".
E o mais importante: jornalista tem diploma! Se não tem, sinto, mas não é jornalista. Caso fosse assim, minha mãe poderia dizer-se médica e meu pai, filósofo. E os próprios jornalistas poderiam exercer a economia, a educação física, dependendo de sua especialização. Claro, alguns não a tem. São os que sabem de tudo um pouco (e muito de nada), mas estudaram para tratar com categoria desse todo.
Formadores de opinião, exercemos a profissão mais bonita, mais compensadora, diria o mestre Chelkanoff. Somos a profissão do futuro! E todos concordariam, se a conhecessem como conhecemos. Mas vamos deixar assim. Vai que eles descobrem...
7 comentários:
jornalismo é sobre tudo, pesquisar e pensar! Para alguns (não creio que para todos os estudantes de jornalismo) é a vida. E quando perguntam o que faço, respondo: "Jornalismo, acho que é a única coisa que sei fazer." É fascinante! Gostei do texto! (novidade?) bjos. Até.
Ah! Gostei do novo visual do blog. Parabéns. Não tinha visto ainda. Mudou hj? hehehehe... bjinhos. ;)
meu deus! quanto ódio nesse coraçãozinho... hehe
gostei do texto, até porque esse é um tema bem batido.. precisa ter culhões pra escrever a respeito.
sobre os clichês entre estudantes de jornalismo... eu não me importava de fazer uma reportagem sobre as ostras famintas da Patagônia...
ps: tá, o diploma é bom e tal. mas pra fazer matéria sobre a thais e a sei-lá-eu-o-nome (a outra gêmea), não precisa de faculdade. aliás, só precisa de uns dois neurônios...
Estou em um inferno josnalístico então ¬¬
tu conseguiu transformar um tema batido em algo interessante de se ler.
beijos
Bom tema! Tu abordaste um assunto superbatido de uma maneira própria, bem tua mesmo. Além do que, fugiu um pouco do estilo dos textos anteriores, mais de desabafo e tal. Sem, é claro, perder a tua marca! Adorei!!
Bjo
Bonito o novo lay-out!! Gostei!
Calma, calma! E eu, a única não-jornalista a comentar nesse blog até agora, vou defender as demais profissões! Sim, sim! Temos também lugar no mundo!
E olha, eu entando muito bem os jornalista... até por que minha família não tem "o", mas "os" jornalistas!
E se tu acha encômodo as pessoas achando que tu quer aparecer na TV, imagina eu, que cada vez que digo DESIGN, elas arregalam os olhos e saem correndo! Ou, gentilmente, abrem um sorriso amarelo e perguntam: o que que é isso mesmo?
Então, também acho que estudo a profissão do futuro. Até porque faço muito mais que mexer no Corel, no Photoshop, no InDesign... eu penso!
Beijos!
Vou estudar jornalismo pra conversar com vc... rsrsrsrs
Isso foi um desabafo? Eu queria tanto te ver no RJ TV!!!
Postar um comentário