quarta-feira, 25 de julho de 2007

Hogar, dulce hogar - Homenaje a una ciudad

Um país hermano. Uma história em comum. Idiomas e culturas semelhantes. Também há gauchos y a las personas les gusta el mate. Ouve-se música brasileira da melhor qualidade. Há tudo o que me fascina em minha cidade. E algo mais.

Por alguns dias, troquei os rostos melancólicos de minha fria cidade por ‘¡Buenos días!’ e ‘¡Holas!’ da ciudad fría. Me alegrava a visão das melhores panaderias, existentes em todas as esquinas. Comia medialunas, alfajores (los mejores!), muzarelas e fainás, que só lá existem.

Durante as noites de inverno, minha cidade pareceu-me fantasma ao caminhar a passos lentos no centro da ciudad. Personas caminham com seus mates e botellas com água caliente. Há sorrisos ao zero grau noturno dessa ciudad.

É inspiradora. De noite, as luzes fazem de suas muitas praças e sua arquitetura ainda mais belas. Sob a luz do sol, ou mesmo sob a chuva (que também é mais bela na ciudad) os plátanos secos nessa época do ano são monumentos complementares às lindas obras humanas. Os outdoors são raros. As ruas têm uma mão e os motoristas sabem o significado das faixas de pedestre. As avenidas são grandes. Tudo é muito grande. Complexo de país pequeno.

Também os sons da ciudad são mais agradáveis. As palavras hispanas têm musicalidade e mesmo os palavrões parecem elogios. Caminha-se pelas calles. Lêem-se periódicos e vêem-se películas. Comem-se duraznos, lechugas e zapallos. A lluvia cai sobre o paráguas (palavra preciosa!). O rojo não é roxo, mas vermelho. E tudo são cores mesmo num dia gris.

A ciudad tem aroma de infância e sabor de déjá vu. Os quioscos vendem caramelos que já não existem na minha cidade. As crianças se vestem como crianças e as jovens como jovens (embora os cabelos e as roupas sejam iguais). Os chicos são muy guapos. Mais guapos ainda quando proferem as lindas palavras vindas de Castilla. Os niños são obrigados a ir à escola (pública!) e usam graciosos uniformes.

Queria passar o resto de meus dias na ciudad, onde a palavra ‘peligro’ é pouco pronunciada. Onde há pessoas nas noites frias. Onde se come muy bien. Onde as casas preservam uma história e tudo é traduzido para a língua-mãe.

Senti-me bienvenida, como en mi casa.

Amo meu porto alegre. E agora, amo Montevideo.

6 comentários:

Carolina Tavaniello P. de Morais disse...

Faz tempo que não ando por essa ciudad, mas ela me encanta muitíssimo. Assim como Buenos Aires. Toda essa gente e suas ciudades são demais de boas.

Samir Oliveira disse...

Adorei a descrição romanceada da cidade! Deu mta vontade de ir pra lá eheeh

ótimo texto!

bjos

Liza Mello disse...

"A ciudad tem aroma de inf�ncia e sabor de d�j� vu".... s� es la verdad!

adorei o (mini)tempo que passamos juntas! e ler esse texto me fez lembrar desse e de todo per�odo que passei l�. obrigada pelo d�j� vu!

Thales Barreto disse...

Poético... Isso é que posso dizer de mais um belo texto seu. Não Conheço Montevideu, mas deu uma vontade de conhecer um lugas tão inspirador, ao que me parece. Parabéns Menina. Bj.

Unknown disse...

A�n no tuve la oportunidad de conocer Montevideo, pero, creo me encantar� conocerla. A m� me encantan los Uruguayos. Tamb�m me encantan los Chilenos, Peruanos, Colombianos, Ar... no... los Argentinos no. S�lo a Ayala que hizo un gol para Brasil en La final de la Copa America. Jejejej

A mi me encant� tu postage, y cuando le� sobre la palabra "par�guas" me acord� de otras palabras que son pr�cticas como ela. Como por ejemplo para "extintor", que en espa�ol se llama MATAFUEGO. O como una cosa para comer que se llama MATAMBRE jejejeje.

Felipe Martini disse...

Yo tengo pintada en la piel
la lágrima de esta ciudad,
la misma que dá de beber,
la misma te hará naufragar